quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Estudante Bergson Gurjão morto na ditadura


Militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).Bergson Gurjão Farias nasceu em 17 de maio de 1947, em Fortaleza, Estado do Ceará, filho de Gessiner Farias e Luiza Gurjão Farias. Desaparecido na Guerrilha do Araguaia. Era estudante de Química na Universidade Federal do Ceará, e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, em 1967. Foi preso no Congresso da UNE, em Ibiúna, em 1968 e foi expulso da Faculdade com base no Decreto-lei 477. Indiciado no inquérito por participação no 30º Congresso da UNE, foi condenado em 1º de julho de 1969 pelo CPJ do Exército a 2 anos de reclusão.Em 1968, no Ceará, foi gravemente ferido à bala na cabeça quando participava de manifestações estudantis. Refeito dos ferimentos e sob feroz perseguição, foi para o interior, indo residir na região de Caianos, onde continuou suas atividades políticas.Ferido em combate, em 8 de maio de 1972. Seu corpo foi levado para Xambioá, todo deformado, tendo sido dependurado em uma árvore, com a cabeça para baixo, a qual era chutada constantemente pelos pára-quedistas mobilizados na caça aos guerrilheiros.Segundo depoimento de Dover Cavalcanti, ex-guerrilheiro já falecido, o General Bandeira de Melo lhe dissera que Bergson estaria enterrado no Cemitério de Xambioá.O Relatório do Ministério da Marinha diz que em "junho de 1972, foi morto..."Seu desaparecimento foi denunciado em juízo, em 19712 e 1973 pelos presos políticos José Genoino Neto e Dover Moraes Cavalcante. Genoíno afirma que o corpo de Bergson lhe foi mostrado durante um de seus interrogatórios e que sabia que ele estava com malária, tendo sido morto a baioneta. Dover diz que foi preso e torturado junto com Bergson e que ele foi morto a baioneta.
Texto do Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964, editado pelo governo de Pernambuco no governo Arraes

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